A ciência precisa mudar de
paradigma para compreender fenômenos que não damos conta de explicar
cientificamente. Dizer que fenômenos extrassensoriais não existem, já não é
mais possível, porque não podem ser comprovados pela ciência materialista,
ainda presa a uma concepção mecanicista do universo, estabelecida por Isaac
Newton e seus antecessores.
Muitas pesquisas têm sido
realizadas para dar conta sobre o funcionamento da mente, se a mente
(consciência) funciona fora do cérebro, ou seja, de forma independente de uma
parte orgânica de nosso corpo. Hoje, temos comprovações de que a mente atua
fora do cérebro, de forma independente, como se não precisasse de um corpo
biológico para atuar. Temos experiências de telepatia, como uma mente se
correlacionando a outra, o estado místico, o de uma consciência se conectando a
uma consciência maior, como os iogues ou freiras em meditação profunda, conexões
mentais entre pessoas.
Será tudo ilusão, coincidência,
loucura, já não podemos interpretar,
dessa forma. Ainda, temos experimentos em que a consciência altera a
matéria, como a estrutura molecular da água, o DNA, curas, enfim, os mais
diversos fenômenos em atuação. Isso tudo nos leva a crer que está mais do que
na hora da ciência e de toda sociedade compreender que há algo fora de nós que
nos conecta e nos dá a possibilidade de rever a nossa condição humana e a
própria vida. Temos de ser humildes e aceitar a multidisciplinaridade de
conhecimentos que foram desenvolvidos, articulá-los para a compreensão do todo
que somos. Somos tudo e todos, por isso precisamos alargar nossa mente,
expandi-la para entender quem somos nós.
As religiões – todas – há muito
vêm nos mostrando que há algo que nos liga e que nos conecta, desde as
religiões orientais mais antigas até as mais modernas. Não dá para considerar
os fenômenos extrassensoriais como frutos de nosso cérebro apenas ou como uma
grande ilusão por nos sentirmos desamparados. A filosofia grega platônica,
também, já nos falava de algo a mais, de vidas após a morte, da reencanação.
Por quê? Desde o século XX, temos a nova Física – a Física Quântica nos dando
mostras, por meio de experimentos científicos, contribuições essenciais a
respeito da natureza última da matéria. Tudo no universo é composto por átomos,
moléculas e partículas. Os elétrons é uma delas; o detalhe é que não fica preso
ao núcleo do átomo, dá saltos, sai do lugar, para onde e como vai, ainda, não
sabemos. Apenas sabemos que reaparece num outro lugar (os saltos quânticos) e
que se correlaciona com outros elétrons distantes, há momentos, também, que
funciona como onda, ora como partícula, seriam ondículas. E, gostemos ou não,
trocamos elétrons com tudo e todos a todo tempo, até com as estrelas. Os átomos
são energia condensada e as moléculas que compõem tudo no universo é energia em
alta vibração. Logo, nossos pensamentos também funcionam como energia e
emanamos para onde quisermos. Pensem nos grupos de oração. Com certeza, é uma
concentração de Energia emanada de várias consciências para outra ou mais
consciências, não importando a distância. As consciências se comunicam, atuam,
transformam, alteram tal como o elétron que se correlaciona.
Estamos no primado da
CONSCIÊNCIA. Na verdade, TUDO é consciência – ENERGIA em alta, média ou baixa
frequência – basta adequá-la ao nosso propósito. Podemos até dizer que a
consciência tem a dinâmica da atuação dos elétrons. Alguns físicos quânticos já
apontam a consciência como a essência da ciência e outros, como uma quinta
partícula, funcionando tal como o elétron, uma consciência quântica. A
consciência, assim, é vista como um campo de energia que se estende até o
infinito e pode ser tratada como uma dualidade onda–partícula. Pela confirmação
de várias experiências, isso de fato ocorre.
Então, creio que chegou a
hora de darmos as mãos e avançarmos em nossos conhecimentos, não desprezando
mais a CONSCIÊNCIA como integradora de todas as nossas ações e atitudes por
todas as vidas que temos construído ao longo de um tempo e espaço não definido.
É certo que, quando compreendermos, de fato, essa mudança de paradigma, os conceitos
e valores serão redimensionados e passaremos a pôr foco naquilo que realmente é
importante para nós – a nossa evolução enquanto seres eternos que têm a missão
de tornar a vida melhor nas esferas em que estivermos atuando. Por isso, cada
novo conhecimento é fundamental para o plano, espaço e tempo em que nos
comprometemos em viver, para que a vida possa seguir seu percurso, evoluir para
o bem e para uma consciência Suprema que a todos nos conecta.
Estamos para servir e
evoluir, portanto – precisamos ativar, repartir esses conhecimentos, a fim de
que possamos dar um salto na qualidade de nossas relações tão mal construídas
nesses últimos tempos. Já passamos do “Mal-estar na civilização” de Freud,
estamos na era da depressão, do consumo desenfreado e da alma perdida em meio a
tantas ilusões: ter ao invés de ser. Somos responsáveis por nossa vida e por
todas as vidas com que nos comprometemos. Precisamos crescer e espalhar o amor.
Nossa consciência precisa se conectar com energias mais elaboradas, para que
possamos evitar o nosso sofrimento psicobiofísicoespiritual nesse plano de
nossas vidas e carregado para outras vidas. Essa é a essência. Vamos ativar
esses conhecimentos, por meio deles revisar os conceitos das antigas
escrituras, dos livros sagrados (ciências de suas épocas), discutindo-os dentro
de uma ótica da nova ciência.
Na verdade, chegamos a
conclusões de que tudo está antes da matéria. A consciência é anterior à
matéria, por isso precisamos dar conta dessa consciência que nos individualiza
enquanto seres humanos, nesse plano, cujo único motivo é ter uma vida menos dolorida.
Somos todos responsáveis, não podemos aniquilar a vida nem essa morada. Nossa
consciência eterna precisa encontrar a sabedoria, para que saibamos viver, compartilhar
e cooperar, porque carregamos todas as marcas nessa consciência não importa a
vida que estejamos vivendo, sendo que cada vida é um novo aprendizado, para nos
levar a um único caminho: o amor incondicional. É isso que a ciência precisa
provar, nada mais!!
A lógica disso tudo: colocar
a consciência como essência de todos os processos e compreendermos que temos
uma consciência quântica regendo o universo. Se a consciência é suprema e atua
fora do corpo, podemos entender que a consciência existe fora de um corpo
biológico, quando num estado mais adensado. E, por existir fora de um corpo,
pode existir em outros campos, com outras formas químicas. Ainda, compreendemos
que todas as consciências estão em nós, porque emanamos de uma consciência Supramental,
logo nos conectamos a todas elas em espaço e tempo não locais. Quando a
consciência adensa mais, ou seja, vibra com mais frequência, possibilita a
nossa individualidade, ao se tornar mais relaxada – expande – sai da caixa
(cérebro), do corpo, e a consciência expandida funciona fora do corpo, esse é o
trabalho dos yogues (em meditação), na filosofia oriental, por exemplo. Por
essa teoria, poderemos explicar a nossa condição humana – somos um EGO eterno
que viaja vida após vida, cujo intuito é se aprimorar até chegar ao amor
incondicional, dessa forma, podemos explicar os fenômenos espirituais e,
também, as consciências em outros planos de vida.
Parece ser tudo muito simples,
o mais interessante é que muito da filosofia antiga e das religiões antigas
tinham base científica e anteciparam as descobertas da ciência moderna
ocidental, daí ser fundamental articular os mais diversos conhecimentos, porque
todos eles têm um claro objetivo: a compreensão de nossa condição humana. Vamos
enumerar algumas descobertas que nos têm levado a essas novas descobertas,
como:
·
Comprovação
de benefícios obtidos por doentes que praticavam a meditação transcendental ou
recebiam terapêuticas que incluíam a autossugestão, a visualização e a hipnose.
·
Aumento
da sobrevida de pacientes com câncer ao participarem de grupos de apoio
psicológico.
·
As
plantas têm uma espécie de consciência que responde a estímulos ambientais bem
como aos pensamentos humanos.
·
Outros
experimentos acusaram uma capacidade de leucócitos retirados de doadores e
mantidos separados em laboratório de responderem da mesma forma que seus
doadores que eram submetidos a estímulos definidos, sugerindo a existência de
um elo invisível entre ambos, numa forma de biocomunicação à distância em nível
celular que foi atestada para outros tecidos e organismos.
Esses
são apenas alguns dos experimentos realizados, há muito mais em nossas
pesquisas. Fica cada vez mais difícil refutar tais comprovações científicas. Precisamos
desenvolver, portanto, um pensamento sistêmico que nos possibilite a ampliação
de nossa consciência individual e Supramental. É chegado o tempo de viver esse
novo paradigma e resgatarmos valores éticos pela vida, seja ela quem for, como
for. A educação é a grande responsável para essa mudança de paradigma. O
primeiro caminho é trabalhar dentro de um pensamento sistêmico,
multidisciplinar que considere o humano. Como nos aponta Stephanie Marshal, a
proposta não é mais “o que você aprendeu hoje?”, mas “como você aprendeu hoje,
e de que maneira isso afetou você?”, fazendo que nasçam “histórias de vida e de
aprendizados mais profundas, mais transcendentes e mais capacitantes.”
Para
tanto, urge uma nova consciência político-econômica-social global, a fim de que
as questões do mundo sejam tratadas de forma multicultural e colaborativa.
Somente quando abraçarmos o novo conhecimento e colocá-lo em ação, poderemos
fazer as mudanças necessárias.
Precisamos
reaprender a pensar além da matéria e compreendermos que somos CONSCIÊNCIA
eterna, nossa finalidade: viver em diferentes planos da consciência, para que
possamos aprender a amar, a servir e a evoluir com o Todo. O maior propósito
desses conhecimentos é evitar uma grande catástrofe no mundo Terra por nossa
ignorância sobre nossa condição. O grande desafio: ativar esse paradigma; agir
dentro desse novo paradigma. Precisamos descobrir o real propósito da vida. O
pensamento sistêmico e o conhecimento multidisciplinar têm nos facilitado esse
percurso. Cada um dentro de seu projeto de vida é responsável por alargar esse
conhecimento e modificar suas relações no presente, porque elas ecoarão pela
eternidade.
Rossana Maia Angelini
(Abril/2012)
REFERENCIAIS
BIBLIOGRÁFICOS:
FONSECA,
Laércio. Física Quântica e Espiritualidade.
GOSWAMI,
Amit. O Universo Autoconsciente. Rio de Janeiro: Ed. Rosa dos Tempos, 2001.
GOSWAMI,
Amit. Ativismo Quântico. São Paulo: Ed. Aleph, 2010.
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