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Tal qual uma matrioshka (boneca russa), vamos desvendando nossas porções. A cada novo tempo, uma nova aprendizagem. Agora é o momento de nos vermos como seres holísticos que têm: corpo, organismo, cognição (intelecto), inconsciente (desejo) e mente (consciência, espírito).

ANGELINI, Rossana Maia (2011)

“A falsa ciência cria os ateus, a verdadeira, faz o homem prostrar-se diante da divindade.”

VOLTAIRE (1694 -1778)

quarta-feira, 6 de abril de 2011

ALERTA!

Como é difícil a construção de um novo paradigma, de uma nova compreensão sobre o humano e suas relações com a vida. Creio que estamos no “olho do furacão”, uma grande confusão de valores. Teoricamente, temos muita literatura e pesquisas científicas sobre uma nova maneira de compreender o mundo e as relações que estabelecemos com ele. Entretanto, como é difícil por em prática tudo isso. Creio que o século XX, por meio de grandes pesquisadores e cientistas, apresentou-nos as mudanças: Freud, Einstein, Piaget, VygotsKy, Wallon, Jung, Lacan, Maturana e tantos outros. Cabe, então, agora no século XXI, reconhecermos o novo paradigma e colocarmos em ação outra forma de nos relacionarmos com a vida no planeta, seja essa vida de quem for, como for. Meu Deus, somos humanos, e como isso é difícil! É um tremendo salto para a nossa evolução individual e para o todo que nos cerca, precisamos desenvolver nossa espiritualidade por meio da ética.
Caminhar para a evolução esse é nosso objetivo final, penso. Por isso, estamos na educação que deveria ser pioneira para a conquista das mudanças. Porém, está difícil... Precisamos conscientizar nossas crianças e nossos jovens para essa empreitada, quem sabe, eles poderão construir um novo planeta com mais ética, solidariedade, compromisso e respeito à vida. Meus alunos me lembram o tempo todo da des-conexão que enfrentamos na formação: teoria e práxis são antagônicas hoje. No entanto, não podemos continuar repetindo os mesmos movimentos, precisamos crescer e possibilitar fundamentos coerentes e incisivos para que nossos jovens possam redimensionar a educação em nossa sociedade. É preciso promover a reflexão, sempre... Por meio das discussões das novas teorias e das novas descobertas da ciência contemporânea, para isso é preciso sair do lugar comum, de uma educação repetitiva e alienadora, é vital construir a autonomia de pensamento, a autoria e a criatividade, para que todos assumam suas responsabilidades com ética e consciência do respeito ao outro, acima de tudo, educar o espírito. Somos seres espirituais. Será utopia? Será ilusão? Não sei, no entanto é isso que me move enquanto professora que trabalha com formação de professores. Para onde caminhamos? O que podemos fazer? Há momentos de muita dor, de desalento, de sufoco, mas temos uma missão que está além de nossa alma: o compromisso com a divulgação do conhecimento, a única saída para enfrentarmos a vida com dignidade e possibilitarmos a humanização. Onde está nossa bandeira? Onde está nossa coragem? O sonho acabou? Por isso recomendo: perguntem-se todos os dias de suas vidas: “Por que eu quero ser professor?” Não deixe a pergunta calar e caminhe de cabeça erguida, fazendo a diferença nesse país de tantos sofrimentos por conta de ignorância, falta de Luz. Vamos ter cuidado: “Em país de cegos, quem tem um olho é rei”. Para onde caminha, de fato, a nossa educação? São muitas perguntas. O apartheid está instalado, como rever tudo isso de forma ética e humana? Somos todos responsáveis, por isso compete a nós discutir as mudanças. Estamos vivos ou somos zumbis perdidos no limbo da vida?
As mudanças urgem de fato, para que possamos construir um país melhor, uma vida melhor. Isso é possível, desde que a educação se torne a veia desse país. Que todos respirem educação, fundamentalmente, a mídia que exerce tanta influência em nossas vidas, que instigue, que ilumine e possa contribuir positivamente para que a educação seja essencial e não banalizada. Que todos sejam, verdadeiramente, pela educação, para que juntos possamos rever todo esse processo educacional que temos construído ao longo dos séculos. 

2 comentários:

  1. Excelente escolha para um filme...Não somos apenas observadores da vida, como pensavam ser os cientistas diante de seus experimentos. Somos todos partícipes da grande realidade do Universo.
    Como participantes, influenciamos e somos influenciados. Servirão os novos paradigmas da Física para a tomada dessa consciência?
    Portanto, muito pertinente que a Profª Rossana levante, uma vez mais, a nossa bandeira pela educação. "Rever todo esse processo educacional que temos construído ao longo dos séculos" é uma tarefa complexa...Mas, a senhora indicou a pequena palavra-chave: juntos. Somente juntos poderemos concretizar esta relevante missão.

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  2. A educação é essencial à vida de cada um de nós e, fundamentalmente, ao país. Compete a toda sociedade valorizar a educação, verdadeiramente.

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